Dia a Dia Peru Norte – 2012


7° Dia – 07/09/2012 – Sexta-feira: de Porto Velho-RO-BR a Rio Branco-AC-BR = 508 km

Percurso: Porto Velho /Jaci Paraná /Embariba /Mutumparaná /Abunã /Vista Alegre do Abunã /Extrema /Nova Califórnia /Campinas /Rio Branco.

Sombra e água fresca!

Juku, nossa corujona, nos informou que em Porto Velho o dia amanheceria às 6h13min. Confiamos e colocamos nosso despertador para acordar meia hora mais tarde do que ontem.

Levantamos tranquilos e confiantes que não haveria muito movimento, pois vimos no noticiário local que a polícia rodoviária rondoniense foi deslocada para a operação feriadão no sul e sudeste, regiões do Brasil, segundo o noticiário de Porto Velho, onde mais morrem pessoas nos finais de semana prolongados. O pessoal de Porto Velho não tem o costume de se deslocar nos feriadões.

Às 6h40min deixamos a garagem do hotel. O Sol, preguiçoso, aproveitando o feriadão, acordou mais tarde nos dando um bom refresco nos primeiros 150 km, nos quais por longos trechos éramos os donos da estrada.

Jaci Paraná e mais adiante em Vista Alegre do Abunã as comunidades às voltas com a criançada alvoraçada para os desfiles de comemoração da independência; até um indiozinho, loiro de olhos azuis, abordou a Tana e disse: “tia tira uma foto minha e me leva na sua moto?”. Foto sim, passeio na Juku mais difícil.

A terra é de um vermelho tão forte, que se confunde com laranja, principalmente, com o asfalto cinza e o céu quase negro se preparando para despencar água.

Com a mesma rapidez que as nuvens se formaram, desapareceram. Caíram algumas gotas d’água, que nem conseguiram limpar os restos dos insetos grudados em nossas roupas e logo reapareceu o Sol, com força total; jorrávamos água de tanto suar.

Estrada com raros trechos bons e asfalto novo. De Porto Velho até Jaci Paraná está em boas condições. A partir daí até Rio Branco está horrível, descuidada com buracos enormes e profundos, alguns tomaram conta da pista toda, obrigando carros, motos e caminhões se espremerem no estreito acostamento.

E os cabos eleitorais circulando pelas estradas em pequenos comboios, fazendo campanha política com a maior “cara de pau”. Na saída de Porto Velho o Jota disse: este buraco (obra inacabada) está assim desde 2010, era o meu “caminho da roça”, referindo-se ao tempo que trabalhou na construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio no Rio Madeira. A ganância é tanta que nem o mínimo de segurança e conforto é oferecido à população.

Na balsa, para travessia do Rio Madeira logo após Abunã, conhecemos o Fernando, motociclista viajante, mineiro, crescido no Paraná e residente um pouco em Porto Velho e um pouco em Rio Branco. Isso mesmo duas casas, o qual gentilmente nos adotou e acompanhou. Foi facilitando nossa viagem, apontando os buracos e também nos levou para almoçar em um delicioso restaurante mineiro a 70 km antes de Rio Branco. Balsa – paga-se na entrada = R$ 4,00 para motos.

Já estamos no Acre onde fomos recepcionados com muita simpatia pelos acreanos e logo mais vamos conhecer o calçadão e saborear um prato típico do norte do Brasil.

Já percorremos 3.800 km, estamos longe de casa há sete dias e depois de amanhã, após mais 330 km de transoceânica no Brasil, entraremos no Peru pela interoceânica.

Assim nossa primeira meta foi atingida: chegamos a Rio Branco no ACRE!

Ademan! Quando relataremos o que vimos, sentimos e saboreamos na capital do estado do Acre, não reconhecida como tradicional destino turístico, porém, temos a expectativa de agradáveis surpresas.

TERRA VERDE HOTEL

ENDEREÇO: Marechal Deodoro, 221

TELEFONE: (68) 3213 6000

WEB: www.terraverdehotel.com.br

DIÁRIA CASAL: (R$): 280,00

NOSSA AVALIAÇÃO: MUITO BOM

DADOS TÉCNICOS:

TEMPOS: a) em movimento = 4h44min; b) parado = 2h56min; c) total = 7h40min.

VELOCIDADES: a) Média em Movimento = 107 km/h; b) Média Total = 66,23 km/h.

DISTÂNCIAS: a) Do dia = 508,0 km; b) Acumulada = 3.800,4 km.

CONSUMO: a) Do dia = 14,17 km/l; b) Acumulado = 13,92 km/l; c) Fatores > 3.800,4 km; 272,96 l.

Música: 100 metros – Amaia Monteiro.